Da Redação

Sine inicia processo para remanejar em torno de 600 funcionários de frigorífico, que teve prejuízo milionário devido a incêndio

A partir de janeiro deste ano, o número de solicitações para dar entrada no seguro- desemprego aumentou. Segundo Camilo Linhares da Silva Junior, coordenador de serviços do Sine (Sistema Nacional de Emprego), em 2015, a média mensal de pedidos era de 360 a 380. Neste ano, a quantidade de pessoas que pedem o benefício chega a 450 por mês.

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Depois de registrar o fechamento de 460 vagas formais de empregos em 2015, Araguari iniciou o ano negativamente no mercado de trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) o município fechou em janeiro 54 postos de trabalho. No acumulado de janeiro a maio, foram 3.855 contratações contra 3.698 demissões, saldo positivo de 157 vagas. O resultado foi melhor que o mesmo período no ano passado, quando foram criadas 4.109 vagas e outras 4.021 foram fechadas, saldo positivo de 88 postos de trabalho.

Após o incêndio ocorrido no dia 12 de junho em um frigorífico, localizado na avenida Theodoreto Veloso de Carvalho, a previsão é de que a taxa de desemprego cresça nos próximos meses. Mais de cinquenta toneladas de carne foram destruídas pelo fogo, que atingiu pelo menos cinco departamentos da empresa. Os proprietários estimaram um prejuízo de R$ 40 milhões, entre produtos, maquinários e danos à estrutura. O fogo consumiu câmaras frias, carne preparada para comercialização e materiais de estoque.

Nesta semana, o Sine inicia o processo para remanejar em torno de 600 funcionários desta empresa através da Bolsa Qualificação. “Trata-se de uma espécie de seguro. Por meio dele, o trabalhador recebe auxílio financeiro do governo e realiza curso de qualificação”, explicou Camilo.

A possibilidade de uso do benefício Seguro-Desemprego como Bolsa Qualificação Profissional para trabalhadores com contrato de trabalho suspenso é uma medida que surge como alternativa à demissão do trabalhador formal, em momentos de transtornos econômicos que causam impactos inevitáveis ao mercado de trabalho.